ACHAR UM MOTIVO PARA VIVER.



Muitas pessoas, entre amigos e família, ficam impressionadas com o fato de eu ir em frente sempre, sem me deixar abater pela doença. Bom, antes de mais nada, sim, eu me deixo abater, ocasionalmente. Mas assim como caio na maior "deprê"; saio dela.

A primeira coisa que importa é ter consciência da depressão. Aquela sensação que só querer ficar em casa e na cama, graça nenhuma no trabalho, sensação de que não vale a pena, ou mesmo é injusto, você tão doente, ainda ter que produzir! fazer supermercado! Não, quero ficar dormindo. Isso é o sentimento de depressão (no sentido leigo, como sempre digo... não sou da área)

Mas então, o que fazer? parece fácil para quem tem filhos e netos que amo demais, encontrar um motivo para viver. E quem não os tem? fiquei a pensar.Bom, se fosse simples assim, pessoas com filhos, às vezes até pequenos, jamais se entregariam a doenças ou outros diversos problemas. Assim, antes de tudo, tem que se pedir ajuda.

E reconhecer que se precisa de ajuda. Na ultima vez que me senti assim por uns 3 ou 4 dias seguidos, um amigo me disse que eu precisava de algo urgente que me demandasse tempo. Acabei por achar motivo para levantar pelo simples fato de que precisava ensinar ao meu neto na semana de provas. Mas além das tristezas pontuais, e suas soluções também assim, precisamos encontrar o segredo para não se entregar, não somente às doenças, mas às tristezas, problemas, solidão, e tantos outros motivos.


A questão, ao meu ver, não é TER um motivo para viver, a questão é ACHAR um motivo ou vários motivos para viver.

São como as metas e os planos nos negócios. Voce pode ter planos, aqueles objetivos distantes e sem data certa para alcançar. Por exemplo, criar os filhos, ajudar os netos, cuidar da profissão, da mãe, e vários outros objetivos, planos a longo prazo. Mas a RAZÃO PARA VIVER, na minha opinião, deve ser como as metas, com data certa, com projeto, e variáveis que as fazem ajustar se necessário.

Já alcancei várias metas, ao longo desses dois anos e meio: viver até o aniversário de meu filho, (um em dezembro e outro em junho), viver mais um natal, viver para o aniversario de meus netos, tudo bem próximo e sem muito segredo no começo. Como as minhas expectativas não eram das melhores (ou eu pensava assim),não fixava metas a longo prazo. Atualmente, já me dou ao direito de metas mais a longo prazo. Estamos em outubro, então já me permito achar que estarei fácil ate o natal por aqui, então quero chegar aos meus 60 anos em maio de 2019, e fazer uma grande festa, ou uma grande viagem!

Agora, tudo também depende de o quanto voce está acostumado com a ideia de a vida não se resume a uma doença. Nem a morte também se resume a doença. No inicio, eu me via apenas tentando evitar morrer pela doença. Hoje, quando traço minhas metas de viver, também considero evitar acidentes, tomar cuidado com áreas mais perigosas, me alimentar melhor e manter minhas caminhadas (isso sim, é uma batalha). a batalha contra a preguiça... um bom tema para a próxima vez, não acham?

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